Um Verão Italiano


Quando Carol morre, Katy fica devastada. Ela perde não apenas sua mãe, mas sua melhor amiga e referência, aquela que sempre tinha todas as respostas. Para piorar, faltam poucos dias para a viagem que mãe e filha haviam planejado para Positano, na Itália, a cidade mágica onde Carol passou o verão pouco antes de conhecer o pai de Katy. Agora, a filha se prepara para viajar sozinha.

No entanto, pouco depois de pisar na Costa Amalfitana, Katy a vê: Carol em carne e osso, aos trinta anos, saudável, bronzeada e feliz. Katy não entende o que está acontecendo nem como isso é possível — tudo o que importa é que, de algum jeito, sua mãe está de volta.

Assim, ao longo de um verão italiano, Katy passa a conhecê-la não como sua mãe, mas como a jovem que ela um dia foi. Entretanto, Carol não é exatamente quem a filha imaginava, e, em meio ao luto e à alegria inesperada de tê-la de volta, Katy precisa conciliar a imagem da mãe, que para tudo tinha uma solução, com a da mulher que não tem ideia do que fazer.

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Um verão italiano é o lançamento mais recente da autora Rebecca Serle, lançado aqui no Brasil pela editora Paralela. O livro é um convite ao leitor para desbravar a Costa Amalfitana ao lado de Katy, uma mulher  que acaba de perder a mãe. Pode até soar  um pouco contraditório essa premissa de curtir um verão na Itália enquanto se vivencia o luto, mas ao longo da leitura você irá descobrir que esse cenário paradisíaco é uma peça fundamental no processo de luto da protagonista .  

Se você já leu Daqui a cinco anos ou A lista de Convidados, já deve ter percebido que a autora gosta de trazer uma pitada de fantasia a realidade, assim como consegue criar uma narrativa simples, mas que é repleta de reviravoltas que nos fazem refletir sobre as prioridades que temos em nossas vidas e a forma que lidamos com os momentos de adversidades nela. Dito disso, já posso adiantar que tais características se fazem presentes em Um verão italiano, só que dessa vez o foco se dá na relação de mãe e filha, e como esse laço impacta a vida de ambas. 


 A familiaridade é um gosto? Ou apenas uma tolerância com o que estamos acostumados?


Katy não se lembra de um dia em sua vida em que sua mãe não estivesse presente, mesmo que as duas estivessem juntas. Para ela Carol, não era apenas a mulher que lhe trouxe ao mundo, mas também sua melhor amiga, seu norte, seu tudo. Porém, com a doença da mãe e posteriormente sua morte ela se vê sozinha pela primeira vez. A presença do pai, o apoio do marido, nada parece ser capaz de amenizar o vazio que ela sente.  Katy está perdida e se questionando sobre as escolhas que fez durante sua vida. 

Durante a leitura a relação de Katy com o marido e todo o desenrolar do relacionamento após a morte de Carol, me lembrou de certa forma muito o livro Depois do sim, da Taylor Jenkins Reid. Katy vai para a Itália como uma forma de se reconectar com a mãe ao mesmo tempo que se afasta de tudo aquilo que tem relação com sua vida, inclusive do marido. 


A diferença entre ser boa e péssima em alguma é o nível de interesse. 


Ao chegar em Positano, algo mágico acontece e ela se vê diante da versão jovem e feliz de sua mãe. Kate reencontra a versão de Carol de quando ela viveu momentos memoráveis antes do casamento e do nascimento da filha na Itália. O que Kate não esperava é que a cada novo lugar da  Costa Amalfitana que ela se aventura, mais ela descobre sobre si e sobre sua mãe. O problema aqui é que a imagem que Kate sempre idealizou da mãe acaba se chocando com a realidade de quem realmente a mãe é. 


Você age como  se não soubesse como veio parar aqui, como se tivesse acordado, olhado em volta e pensado: Hum. Mas tenho uma coisa a te dizer: não agir é uma escolha.



Kate e Carol são personagens que despertam em nós sentimentos que são conflitantes, inclusive algumas atitudes de Kate fizeram com que eu não desse 5 estrelas para este livro, mas não vou entrar em detalhes nisso pois seria dar spoilers.  Além da ambientação que é incrível, uma das coisas que mais gostei neste livro foi o fato de fazer com que a gente reflita sobre o peso que a maternidade tem na vida das mulheres, e em como a figura da mãe é vista quase como uma criatura mística com poderes sobrenaturais, e não como alguém humano, falho.  Não era algo que eu estava esperando com essa leitura, mas foi uma feliz surpresa essa reflexão. 


Por fim, Rebecca Serle descreve a Itália com uma riqueza de detalhes que é impossível não terminar a leitura querendo passar alguns dias curtindo um verão italiano. Inclusive o hotel Poseidon, onde boa parte da história acontece, existe na vida real, então você pode ter uma ideia do quanto esse lugar é realmente mágico!  

 E aí me conta você já leu algum livro da autora? Se sim, o que você achou dele? 



Você também pode se interessar por: A Lista de Convidados Daqui a cinco anos | Tocando as estrelas |Um Verão na Itália | Você nunca mais vai ficar sozinha | A Filha da Minha Mãe e EuDepois do Sim |  Amores Verdadeiros | 



1 Comentários

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  1. Oi.
    Amei ver um pouquinho de como se passa esse verão, fiquei tão curiosa para ler e viver um pouco dessa riqueza de detalhes que o livro mostra.
    Dica mais que anotada.
    Beijos.


    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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