Meu corpo te ofende?

Uma história divertida e inspiradora sobre duas adolescentes que descobrem o poder da amizade, do feminismo e de defender aquilo em que se acredita.

Malena Rosario está em uma fase pra lá de difícil. Tudo começou com o furacão que destruiu sua casa em Porto Rico, fazendo com que ela e sua mãe ficassem presas na Flórida. Agora, sem perspectivas de quando poderá voltar para a ilha, Malena tem que se acostumar a uma nova escola. Mas a garota jamais imaginaria que em meio a tudo isso ainda seria humilhada ― e punida! ― pela coordenação escolar depois de precisar ir sem sutiã para a aula por causa de uma grave queimadura de sol.

Ruby McAllister presencia a injustiça sofrida por Malena e não consegue ficar indiferente. Afinal, ela é conhecida na escola por ser a feminista rebelde que não tem medo de dizer o que pensa e sabe que precisa ajudar a garota nova. Até porque Ruby quer provar para si mesma que consegue enfrentar um desafio sem a ajuda da irmã mais velha…

De líderes de uma rebelião contra o código de vestimenta da escola a amigas improváveis, Malena e Ruby vão ter que encarar juntas suas próprias inseguranças, preconceitos e privilégios se quiserem garantir que seus ideais ― e sua amizade ― resistam a qualquer custo.

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Aviso de conteúdo: Este livro aborda temas como abuso sexual, assédio e racismo. 


É praticamente impossível falar  de Meu corpo te ofende?  sem citar Moxie, de Jennifer Mathiue, uma vez que ambos os livros tem como plano de fundo o ambiente escolar, regras de vestuário machistas, feminismo e empoderamento feminino.  A diferença aqui é que Meu corpo te ofende? é narrado do ponto de vista de duas meninas: Malena, uma latina de família conservadora e humilde de Porto Rico e Ruby, uma branca de família liberal e privilegiada, e  a história se passa no outono de 2017, depois da passagem do furacão Maria por Porto Rico, onde mais de 135 mim porto-riquenhos tiveram que deixar a ilha e se realocar na porção continental dos Estados Unidos. Desse número mais de 24 mil eram estudantes.


Como é irônico que a escola nos faça ler O despertar, obra de referência dos primórdios do feminismo, ao mesmo tempo que a direção tenta negar os direitos das mulheres e fazer com que nos envergonhemos e nossos corpos. 


Inspirado nas vozes de protesto ao redor do mundo, onde meninas estão defendendo os diretos  das mulheres e das comunidades historicamente marginalizadas.  As autoras quiseram explorar nesta obra questão relacionadas ao que acontece depois, quando a atenção da mídia já mudou o foco. Ao trazer uma protagonista latina que foge um pouco dos padrões que estamos acostumadas a ver por aí, em contraste com uma garota branca que geralmente é representa o perfil que é mais comum de ser representado na mídia, as autoras Mayra e Marie criaram uma história atual que através da jornada de Malena e Ruby nos convidam  a refletir e nos aprofundarmos em temas como equidade, interseccionalidade, empatia, feminismo, racismo, patriarcado, inclusão social, violência sexual, assédio, manifestações estudantis, misoginia, machismo, privilégio branco, empoderamento e o complexo do salvador branco, comumente retratado em filmes e séries. 


Não sei se é a idade falando, mas acho que as jovens de hoje estão sendo enganadas com essa ideia de que ficar com qualquer um é uma liberação. Nós, mulheres temos nosso próprio poder, nossa própria força. Nossas próprias ideias em relação ao que é liberdade. 


Meu corpo te ofende? é um livro voltando para o público jovem, mas que pode e deveria ser lido por todos, porém, é importante ir com a mente aberta  caso você não faça parte do público alvo, já que os assuntos em sua maioria são abordado de maneira superficial deixando em nós a curiosidade para nos aprofundarmos mais nos assuntos após a leitura, e Malena e Ruby possuem algumas atitudes bem imaturas em algumas situações que correspondem bem com o período da adolescência e a jornada de amadurecimento e a busca por descobrir quem se é. 


Meu corpo é um presente dos meus pais.

O templo da minha alma, da minha mente, do meu coração.

Meu corpo é orgulho, um retrato da minha terra, uma canção de amor.

Meu corpo não é seu para que o julgue.

Não é seu para que decida.

Não é seu para que o critique.

É meu, só meu, e de mais ninguém.


O livro é uma leitura fluí de forma rápida e aborda assuntos densos, de uma forma sutil e mesmo tendo situações que causam indignação e um pouco de desconforto é um livro que quando chegamos ao fim temos uma sensação boa, algo como se a nossa esperança  em dias melhores fosse renovada.


Dica não deixe de conferir também: Mulheres na luta | Um passo de cada vez | Moxie | Vox | Sejamos Todos Feministas | Heroínas | 13 segundos | O Ódio Que Você Semeia.  


1 Comentários

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  1. Parece ser um livro que traz ótimos ensinamentos e deve dar um tapa na cara de quem lê.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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