O Guia do Cavalheiro Para O Vício e A Virtude


Uma aventura romântica do século XVIII para a era moderna. Simon Versus a Agenda Homo Sapiens, encontra os anos 1700. Henry "Monty" Montague nasceu e foi criado para ser um cavalheiro, mas nunca foi domado. Os melhores internatos da Inglaterra e a constante desaprovação do pai não conseguiram conter nenhuma das suas paixões - jogos de azar, álcool e dividir a cama com mulheres e homens.
Mas agora sua busca constante por uma vida cheia de prazeres e vícios está em risco. O pai quer que ele tome conta dos negócios da família. Mas antes Monty vai partir em seu Grand Tour pela Europa, com a irmã mais nova, Felicity, e o melhor amigo, Percy - por quem ele mantém uma paixão inconsequente e impossível. Monty decide fazer desta última escapada uma festa hedonista e flertar com Percy de Paris a Roma. Mas quando uma de suas decisões imprudentes transforma a viagem em uma angustiante caçada através da Europa, isso faz com que ele questione tudo o que conhece, incluindo sua relação com o garoto que ele adora.
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O Guia do Cavalheiro Para O Vício e A Virtude foi um dos livros mais aguardados de 2018 por vários leitores, lembro que na época eu estava super animada para conhecer a história de Monty e sua  Grand Tour pela Europa. Porém, não sei o que aconteceu, talvez pelas altas expectativas não consegui passar dos primeiros capítulos. Inclusive essa resenha começou a ser escrita 12/09/2018, mas só agora em janeiro de 2021 consegui finalizar a leitura. 

Não, você quer que a questão aqui seja você. Se importa com o que acontece comigo por causa do que significaria para você. Você é a única coisa que importa para si mesmo. 

A sinopse nos diz basicamente tudo o que vai acontecer  durante a leitura, mas sem dar nenhum spoiler de quais serão essas decisões imprudentes e como elas levam a uma angustiante caçada através da Europa. Vou manter essa vibe de suspense para não estragar toda a sua experiência, porque é exatamente as reviravoltas que acontecem na história que deixam as coisas mais interessantes e a leitura fluí de maneira rápida, apesar, dos capítulos longos.  



Henry "Monty" Montague é um jovens tão privilegiado que ele esquece que o mundo não gira em torno dele. Ele acredita que não há nada que suas covinhas e sua bela aparência não resolvam, em certos momento ele até que tem razão. Ele é um personagem egocêntrico, narcisista, sarcástico e que sabe se divertir. Porém, nem tudo são flores na vida.  Monty, é intenso em suas paixões: jogos de azar, álcool e dividir a cama com mulheres e homens.  O jovem rapaz ainda que goste de mulheres, sente uma atração um pouco maior por rapazes, e é exatamente esse seu interesse em especifico que instiga a ira de seu pai e que traz sérias consequências na vida de Monty. O que não é uma grande surpresa já quem 2021 a intolerância  ainda é enorme, imaginem só como não era nos anos de 1700. Mackenzi Lee, ainda que traga esse lado sombrio do pai de Henry para a trama, ela tem um cuidado de fazer tudo de uma  maneira para amortecer o baque do leitor quando o assunto vem a tona. Inclusive essas cenas podem ser um gatilho para algumas pessoas. Então fica o alerta!

É bom que me defenda quando não posso fazer isso sozinho, mas é difícil aceitar que você precise fazer isso. 

Já Percy é um personagem tão querido que dá vontade de guardá-lo em potinho para protegê-lo de todo o mal que existe no mundo. Ele é melhor amigo de Monty e pelo qual o jovem rapaz nutre uma paixão secreta. Não vemos nenhuma diferença entre ele e Henry até que uma cena em especifica que um comentário um tanto indelicado vem a tona e descobrimos que Percy é um jovem negro, nascido em uma família nobre, através de uma casamento birracial. Ao descobrirmos esse detalhe a perspectiva muda e a autora de maneira singela começa a abordar as dificuldade que os negros enfrentavam, e assim fazendo o protagonista começar a sair da própria bolha. A história de Percy em um comparação simples me lembrou um pouco a do Randall, da série de TV This Is Us. Confesso que gostaria de saber mais sobre o personagem, talvez se os capítulos fossem intercalados... 



Para fechar o trio temos Felicity, uma garota brilhante, cheia de personalidade e que para nossa alegria ganhou um livro só dela O Guia da Donzela para Anáguas e Pirataria (estou criando expectativas? Talvez!).  À primeira vista a jovem não chama muito a atenção, afinal todo o foco está em Monty, Percy e sua Grand Tour, mas conforme ela vai conquistando espaço as cenas em que ela aparece acaba roubando a cena e mostrando o grande potencial que ela possuí e que foi bem explorando para uma personagem secundária. Para exemplificar a dinâmica do trio teríamos  Monty como o equivalente ao Harry Potter, Percy ao Rony  Weasley e Felicity a Hermione Granger misturada com a Cristina Yang.  

Sua atenção costuma estar em outro lugar, e quando as coisas ficam difíceis, você... bebe, se deita com qualquer um. Foge. 

O Guia do Cavalheiro Para O Vício e A Virtude é um livro que tinha tudo para ser cinco estrelas, mas por algumas coisinhas que acontecem durante a narrativa que me incomodaram um pouco, um protagonista que não consegui me conectar e torcer por ele fizeram que esse livro fosse uma leitura boa, mas não incrível. Mas ainda que ele não tenha correspondido as minhas expetativas foi uma boa experiência me aventurar pela Europa em 1700, aprender um pouco mais sobre os costumes da época (no final do livros há algumas notas da autora que é um excelente complemento para a leitura). Enfim, esse livro é uma ótima opção para quem quer sair de uma ressaca literária, busca uma leitura leve e despretensiosa, gosta de romance e aventura!


Precisei de muitos milhares de quilômetros para começar a acreditar que sou melhor do que as piores coisas que já fiz. 


O Guia do Cavalheiro Para O Vício e A Virtude (disponível no Kindle Unlimited) é o primeiro livro da trilogia Montague Siblings, onde em cada livro acompanharemos a história de um dos irmãos Montague.  Neste primeiro volume acompanhamos Henry, no segundo  O Guia da Donzela para Anáguas e Pirataria, a história de Felicity e por último em The Nobleman's Guide To Scandal and Shipwrecks (lançamento dia 16 de Novembro de 2021), temos  Adrian o filho caçula que no primeiro livro conhecemos como Trasgo.  A e tem um conto intitulado The Gentleman's Guide to Getting Lucky, que se passa após o primeiro livro. 

Agora me contem vocês já leram este livro? Se sim, o que vocês acharam? Me contem nos comentários! 



5 Comentários

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  1. Eu não li esse livro, mas me lembro de todo o reboliço que foi em torno dele. Eu acabo evitando ler livros assim, com o medo de me decepcionar com tanto hype. E pelo visto aconteceu contigo, aliás meus parabéns por ter dado uma segunda chance ao livro e de fato ter sido uma leitura boa. Espero que o segundo volume também seja agradável. Já gostei por conta dos assuntos abordados, que ainda são tabu hoje, imagina nos idos de 1700?
    Espero que os outros volumes também possam lidar com temas assim com maestria, como o primeiro conseguiu.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna

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  2. Eu ainda lembro da primeira vez que assisti uma resenha sobre esse livro, a pessoa falou tão mal dessa história que ficou marcada da minha mente até hoje! Eu não li esse livro, mas, consigo lembrar com detalhes daquela resenha desastrosa que tinha até mesmo spoilers do final. Depois desse episódio sempre deixo para assistir algumas resenhas de livros depois que faço a leitura e principalmente, não leio livros hypados para não me decepcionar.

    Viviane Almeida
    Resenhas da Viviane

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  3. Que legal!! Eu adoro quando uma história se desdobra em outra! Também fiquei super animada para O Guia da Donzela para Anáguas e Pirataria!

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  4. Eu não conhecia esse livro, mas já me chamou atenção pelo nome enorme, hehehe.
    A história parece ser super legal, e só de saber que uma personagem (aparentemente bacana) ganhou uma história só pra ela, já da mais vontade de ler!

    Fiquei impressionada ao saber que esse foi um lançamento super aguardado, pois eu realmente não o conhecia.

    PS: amei as fotos que você fez do livro <3

    Estante da Pipoca | @estantedapipoca

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  5. Estou com sentimentos conflitantes em relação a esse livro depois de ler sua resenha... Por um lado achei a trama de um modo geral muito interessante, principalmente por abordar temas tão fortes em 1700 e que seguem sendo tabus hoje (gente... inacreditável!) mas também porque achei o título desse e dos outros GENIAIS demais, hahaha!

    Por outro, o Monty parece exatamente o tipo de personagem que eu ia detestar, sem conhece-lo já entendi o motivo de você ter pausado por um tempo.

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@profanofeminino