Um lugar só nosso


Lucky é uma jovem estrela do K-pop. Talentosa e cheia de determinação, tem como próximo objetivo expandir sua carreira para o ocidente, e um passo importante para isso está prestes a acontecer: ela vai participar do programa norte americano Later Tonight Show, alguns dias depois do último show de sua turnê, em Hong Kong. O problema é que, por mais que tenha o mundo ao seus pés, Lucky ainda tem dúvidas de que essa é a vida que realmente deseja.
Jack está em seu ano sabático, entre o fim do colégio e o início da faculdade - ou, pelo menos, é o que ele diz para a família. Apaixonado por fotografia, tudo o que deseja é entrar em um curso de artes, mas não sabe como contar isso aos seus pais. Para conseguir se sustentar, faz bicos como paparazzo para um tabloide sensacionalista, e quando conhece Lucky tem o maior furo que poderia desejar bem à sua frente. Durante um fim de semana em que fingem ser outras pessoas, Lucky e Jack vão descobrir mais sobre si mesmos do que imaginavam -e viver um romance digno de uma canção de sucesso.
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Ainda que você não seja fã da cultura coreana, é notório como ela está cada vez mais presente em nosso cotidiano, seja através dos música, moda, livros, programas de TV, produtos de maquiagem e skin care...  

Particularmente não sei muito sobre o assunto, e o pouco que aprendi com os vídeos e livros da Babi Dewet, as histórias criadas pela Jenny HanNicola Yoon e David Yoon. Então quando fiquei sabendo que a Editora Seguinte lançaria um livro tendo como protagonista uma Idol,  fiquei super curiosa para conhecer a história criada por Maurene Goo


Em Um lugar só nosso vamos conhecer um pouco sobre os bastidores do K-pop (é a abreviação de korean pop, a música popular sul-coreana.), através de Lucky uma talentosa estrela do K-pop, que está expandindo sua carreira para o ocidente.  

Quando se era famosa, não importava a aparência ou como  a pessoa era de fato - decidida, bondosa, inteligente. Todo mundo queria algo de você. Aguentavam qualquer comportamento seu, se você emprestasse um pouco de sua luz. Para aquecer as pessoas, para fazer com que se sentissem parte de algo especial. 

Após o último show de sua turnê bem-sucedida, em Hong Kong, Lucky se vê em um dilema sobre o futuro profissional. Ela ama o que faz, porém, já faz um tempo que não sente toda a magia do começo da carreira. Ultimamente tudo o que ela faz é no automático e a cada nova conquista ela se afasta cada vez mais de quem ela realmente é e do que ela imaginou para seu futuro. 

Bom, esse é um sentimento latente em todos os jovens coreanos. Culpa é a nossa principal motivação.

Do outro lado da história temos Jack, um jovem apaixonado por fotografia, que não tem muita certeza do que deseja para seu futuro, mas enquanto não decido que rumo tomar, faz bicos como paparazzo para um tabloide sensacionalista.


Assim que comecei meu treinamento, me colocaram numa dieta, junto com as outras garotas. Éramos pesadas toda semana, e julgadas nesse sentido do mesmo modo que quanto às nossas habilidades como dançarinas. Não era um segredo. O público manifestava sua indignação quanto à "dieta do copo" (tudo o que comíamos no dia cabia em um copinho descartável)... E, sinceramente, de quem era a culpa? Pelas adolescentes morrendo de fome que ficavam marcadas pelo resto da vida por distúrbios alimentares de que nunca iam se recuperar? Dos selos ou das empresas de entretenimento? Ou da insistência cultural por determinado padrão de beleza?

Diferente do que acontece aqui no Brasil, na Coreia do Sul o processo para formação final de um grupo musical é longo e trabalhoso. Não é necessário apenas talento, mas também anos de treinamento e dedicação, para se preparar para as audições das principais empresas de entretenimento.  Após as audições, os candidatos aprovados são submetidos a vários tipos de treinamento como canto, dança, atuação, como se comportar em frente às câmeras, no palco, aprender outros idiomas, por exemplo. Além disso há também a submissão a dietas rigorosas, uso limitado de celular e a proibição de namoros. 

Se eles soubessem quão pouco eu comia e dormia, eu não poderia continuar fazendo aquilo. Sabia o que minha família tinha sacrificado para me colocar onde eu estava.

Depois do fim de sua turnê tudo o que Lucky deseja é poder relaxar e ser uma garota normal por alguns instantes, mas graças a sua rotina friamente calculada e uma dieta rígida isso é praticamente impossível. Sobrecarregada com tantos sentimentos e frustrada com sua última refeição, e  decide que é melhor ir para cama e toma seus remédios para dormir e controlar a ansiedade, porém ainda assim o sono não vem, ela ainda está com fome e com vontade de come um hambúrguer. Então sem mais nem menos ela resolve sair para conseguir o que quer. Nisso o caminho dela acaba cruzando com o de Jack. 

Havia dois comprimidos e um lorazepam ali. Os Comprimidos para dormir eram padrão, todo mundo tomava. Mas o lorazepam... era segredo. Doença mental ainda era um tabu na Coreia do Sul, e se alguém descobrisse que eu tomava algo para ansiedade, bem... princesa do k-pop se afunda em remédios.


Com a narrativa alternando entre os dois personagens,  vamos acompanhando um final de semana que Lucky e Jack passam juntos. durante esse curto período de tempo exploramos a cidade de Hong Kong, aprendemos um pouco mais sobre os bastidores do universo do K-Pop, a vida de um paparazzo, um pouco mais da cultura coreana tanto do ponto de vista de quem vive no país e de quem está apenas observando tudo do lado de fora.

Porque o truque para mentir bem é não correr riscos se afundando em detalhes, complicando as coisas mais do que o necessário, se envolvendo numa rede de inverdades. Você selecionada as verdades que conta.

Conforme Lucky e Jack vão se conhecendo vamos entendemos mais sobre os motivos de da estrela do K-pop ter tantas dúvidas sobre o futuro de sua carreira depois de participar do programa norte americano Later Tonight, assim como seus motivos para não deixar todo o sonho de lado mesmo se sentindo um pouco infeliz com o rumo que as coisas tomaram.

Lucky me surpreendia, mas era preciso terem mente o que era: um produto. Ela sabia daquilo. Escolhera ser parte do pesadelo que era a máquina K-pop. Na minha pesquisa na noite anterior, eu tinha descoberto tudo sobre as condições absurdas em que eram produzidas, a natureza draconiana de seus contratos. 

Enquanto lia senti falta de um aprofundamento maior em alguns assuntos abordados no livro, como por exemplo a relação dos protagonistas com suas famílias, e ainda que a escrita da autora fosse envolvente, demorou um pouco  para fluir e eu não me sentisse tão conectada com a história e seus personagens.


Aquele dia não era só diversão para uma estrela pop mimada - era uma folga de uma vida de que ela não gostava mais. 

Por fim, Um lugar só nosso é tipo uma comédia romântica da sessão da tarde, que mesmo que não tenha grandes reviravoltas e seja um pouco previsível a gente adora para passar o tempo. No caso deste livro além de ser uma leitura leve ela também consegue nos trazer algumas reflexões importantes. 

Não é uma questão de talento, mas de trabalho. É o que se faz quando se tem um sonho, Jack.  

Ainda que tudo aconteça de maneira rápida e autora deixe a desejar em alguns detalhes, Maurene Goo nos apresenta uma história diferente do estilo de vida que estamos acostumadas viver, e talvez seja isso que torne  Um lugar só nosso tão interessante!  Inclusive  se você tem curiosidade por este assunto, tem uma postagem que serve como um guia rápido para dorameiro iniciante, perfeita para quem quer começar a se aventurar no mundo dos doramas. 

Agora me contem você são fãs de K-pop e Doramas? Se sim quais são seus favoritos? Ah, e é claro vocês vocês já conheciam este livro? 

6 Comentários

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  1. Oie eu não tinha visto esse livro, eu ultimamente virei uma K-pop ouso bastantes as musicas. mais gostei do livro tbm parece ser interessante

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  2. Oiê! Eu não sou muito chegada em k-pop, mas sim, a cultura coreana está cada dia mais presente e conhecida, isso não tem como negar.
    Achei bem interessante a história, eu não fazia ideia de como era um processo pra entrar em um grupo desses, gostei de saber.
    O livro parece ser legal, tanto pra conhecer a cultura deles, quanto pela história "de sessão da tarde" que eu amo! Hahaha!

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  3. Oi Ane, tudo bom? Esse livro parece ser daqueles com uma história jovem bem fofinha e cheia de romance, no momento eu não estou na vibe desses livros mas, trabalho com várias adolescentes que gostam do gênero e pretendo indicar o livro para elas. Outra ponto na história que não me interessa é o K-pop porque, não consigo compreender as letras das músicas e todas aquelas pessoas muito parecidas em cima do palco, ao contrário de mim, minha irmã caçula adoro toda a cultura coreana.

    Abraços da Vivi
    http://resenhasdaviviane.blogspot.com/

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  4. Não sou muito da cultura do Kpop, mas curti essa história. Ao mesmo tempo que tem a ver com alguns filmes americanos que conhecemos, também não tem muito ahahhahaha

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  5. Gosto muito de conhecer novas culturas. Já assisti vários clipes de música kpop. nunca vi doramas, mas já ouvi falar. O livro parece bem legal. Gosto MUITO de comédia romântica.

    Paulinha

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  6. Caramba, eu sempre via a capa desse livro e achava linda, mas não fazia ideia de que falava de k-pop! Também não sou conhecedora da cultura coreana, mas fiquei curiosa com essa premissa. Eu ainda cheguei a assistir alguns doramas chineses por que por mais estranho que pareça, eu estudei mandarim por um ano, hehe Mas admito que não me conecto muito bem com a cultura asiática.

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