Quando eu o vi...



Dizem que quando é amor a gente sabe. Que é como se estivéssemos trancados em um quarto escuro e de repente alguém destranca a porta e deixa a luz entrar, que traz cor e leveza para os nosso dias. Que quando ele vem e não vem sozinho, junto traz o frio na barriga, o coração acelerado, as mãos frias e as pernas bambas.  

Meu mundo nunca foi cor de rosa, acho que apesar do que algumas pessoas dizem o de ninguém é, mas apesar disso nunca faltou cor. Talvez seja pelo fato de eu sempre ter sido apaixonada pela vida, em especial a minha. Porém quando mais eu pensava no assunto eu me dei conta que nunca me apaixonei de verdade por alguém. 

Quando eu o vi pela primeira vez não vi fogos de artifícios e nem nada daquilo que aprendemos nas comédias românticas da sessão da tarde, porém mal sabia eu que no futuro você me faria ver estrelas.  


Não foi amor à primeira vista, mas a sua companhia era tão boa, de certa forma você me elevou o nível do que é se sentir amada. Você sempre foi tão devoto a minha, tão atencioso que todas as minhas amigas diziam que eu era uma garota de sorte. Mas para mim apesar de toda sua demonstração do quanto sua vida sem mim era vazia e ainda não sentia aquela  certeza, e desejava secretamente sentir o tal do frio na barriga e o coração acelerado. Se eu soubesse antes o que eu sei agora jamais teria desejado isso...

Eu sabia que ainda não te amava, mas  fazia de tudo para que você se sentisse um cara de sorte assim como você me fazia sentir a garota mais sortuda do mundo, você era tão bom pra mim que pra mim isso bastava e eu esperava que para você bastasse também. Porém não bastou. 

Certo dia você chegou em casa com um olhar diferente, estava mais confiante, seguro e me arrisco dizer sedutor. Tinha um ar de mistério no ar, talvez seja aquela lança da lua cheia, mas nunca acreditei nisso, era como se você tivesse um segredo e estivesse prestes a me contar. Nessa noite você me você fez minhas pernas bambearem, o meu coração acelerar, trouxe o frio para minha barriga, gelou minhas mãos. Me fez ver estrelas, mas eu sabia que de algum modo todas essas sensações que eu estava sentido não tinha nada a ver com o amor. 

Alguns dizem que sou exagerada, que talvez eu tenha feito algo errado, que eu tenho que focar nas coisas boas, afinal vivemos tempos difíceis. Mas naquelas noite quando eu o vi eu deveria saber que o que nós temos nunca foi de fato amor, não importa o que os outros digam.


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