Quando observo os poetas sofrendo e dilacerando suas almas em nome de um sentimento, me vem uma vontade de ser mais, de ser uma flor efêmera que se desfaz diante de um único suspiro seu. O meu impulso é estraçalhar meu coração para sangrar em versos e inundar minha realidade de poesia. Mas sou mercadoria vendida,tenho um pacto com a rotina. Espero uma recompensa pelo meu bom comportamento, mas ela nunca chega. Bom mesmo é ser livre ou ainda possuir a inocência perecível de que se é. Mas o meu amor não vale nada, porque não me permito sentir, finjo-me de morta para sobreviver à mesmice. Finjo-me de morta enquanto meu sangue ferve e minha boca deseja rascunhar estrelas no seu corpo.
- Isabela Ribeiro
Texto lindo , transpareceu muito sentimento *-*
ResponderExcluirAdorei seu texto, confesso que me identifiquei com alguns trechos. Não me lembro de ter lido algo assim no seu blog, você deveria escrever mais.
ResponderExcluir