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Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em dez capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas.
Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.
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É danoso que, numa sociedade, as pessoas não conheçam a história dos povos que a construíram.
Em Pequeno Manual Antirracista, Djamila Ribeiro nos apresenta alguns caminhos de reflexão, recuperando contribuições importantes de diversos autores e autoras sobre o tema (quem já fez TCC ou leu um já deve estar acostumado com esse tipo de escrita), com objetivo de informar, conscientizar e quem sabe despertar a curiosidade para saber mais sobre o assunto e assumir a responsabilidade pela transformação de nossa sociedade.
a sociedade escravista, ao transformar o africano em escravo definiu o negro como raça, demarcou o seu lugar, a maneira de tratar e ser tratado, os padrões de interação com o branco e instituiu o paralelismo entre cor negra e posição social inferior.
Para a autora não basta dizer, "mas eu não sou racista" e não fazer nada sobre, uma vez que o racismo se trata de uma estrutura social enraizada. A inação contribui para perpetuar a opressão, por isso ela defende a importância de políticas antirracista. Esse pensamento me vez lembrar do livro O Ódio Que Você Semeia, de Angie Thomas, principalmente quando a protagonista Starr diz: Eu sempre disse que, se visse acontecer com alguém, minha voz seria a mais alta e garantiria que o mundo soubesse o que aconteceu. Agora, sou essa pessoa, e estou morrendo de medo de falar.
Diferente da culpa, que leva à inércia, a responsabilidade leva à ação.
Assim como o livro Sejamos Todos Feminista, da autora Chimamanda Ngozi Adichie, Pequeno Manual Antirracista, de Djamila Ribeiro, é um livro curto, de leitura ágil e com um conteúdo complexo abordado de maneira simples e direta que nos faz refletir por muito tempo depois da leitura. É praticamente impossível ler esse livro e não querer conversar sobre, querer entender mais sobre o assunto, assim como repensar alguns comportamentos que temos.
Sobre a mulher negra incide a opressão de classe, de gênero e de raça, tornando o processo ainda mais complexo.
Pequeno manual antirracista é uma leitura necessária ele nos lembra dos perigos de uma história única, nos dá uma perspectiva sobre a realidade atual do nosso país e como chegamos aqui, assim como nos dá ideias do que é necessário para criarmos o futuro que desejamos! Como diz aquele ditado é verdade dói, mas liberta!
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