📖Skoob 👍Avaliação Final: ⭐⭐⭐✩✩
A bruxa não vai para a fogueira neste livro é o segundo volume da série As mulheres têm uma espécie de magia, da autora Amanda Lovelace, e publicado aqui no Brasil pela editora LeYa.
No primeiro livro da série A princesa salva a si mesma neste livro, a autora nos apresenta a poesia como uma ferramenta de libertação e podemos acompanhar através da leitura ela expondo suas feridas, cicatrizes e tudo aquilo que a dilacerou ao longo da vida, assim como aquilo que a ajudou no seu processo de cura.
Já em A bruxa não vai para a fogueira neste livro, Amanda reúne toda sua fúria e de todas as mulheres que vieram antes dela e a utiliza como combustível para incendiar as páginas como suas palavras. Já de cara somos avisadas que o livro contém temas relacionados com abuso infantil, abuso cometido por parceiro, estupro, distúrbios alimentares, trauma, morte, transfobia, fogo, muito fogo e outros assuntos que podem despertar algum gatilho.
Dividido em quatro partes ("o julgamento", "a queima", "a tempestade de fogo" e "as cinzas"), diferente do primeiro livro vemos a poesia de Amanda não apenas como uma forma de se libertar, mas também como um instrumento de resistência, luta e punição. Este é livro fala sobre como as mulheres estão lutando através das gerações contra as estruturas criadas pelos homens para as aprisionar, diminuir e punir. E como a prova disso a autora já nos avisa sobre o conteúdo a ser trabalhado: "Nenhuma misericórdia à frente".
Durante a leitura me identifiquei com vários trechos e aposto que você mulher também vai se identificar, mas em outros momentos eu achei que as coisas saíram um pouco do controle, como um incêndio se espalhando por uma floresta. Pude sentir o ódio, raiva impregnados nas palavras e isso me assustou um pouco. Quando a leitura passou de "a queima" para "a tempestade" as coisas se tornaram bem mais intensas e me sentei desconfortável em várias partes, mas entendo perfeitamente a ideia a ser passada com todo esse extremismo.
Durante a leitura tem a citação e dedicatória a alguns personagens e livros conhecidos como a Katniss Everdeen (Jogos Vorazes), as mulheres do O Conto da Aia e ao livro Garotas de Vidro, que inclusive já resenhamos aqui no blog.
Ao final da leitura não temos a dose de esperança que a autora nos proporcionou em A princesa salva a si mesma neste livro, mas ela já nos dá indícios do que está por vir no terceiro volume "The mermaid's voice returns in this one" com o poema:
Recomendo este livro para os fãs de poesia, para os fã da autora e para quem busca mais livros que dão voz as mulheres. Ah e não precisa ser lido na ordem, mas é legal ver a evolução dos temas e da autora ao longo dos livros.
A bruxa não vai para a fogueira neste livro é o segundo volume da série As mulheres têm uma espécie de magia, da autora Amanda Lovelace, e publicado aqui no Brasil pela editora LeYa.
No primeiro livro da série A princesa salva a si mesma neste livro, a autora nos apresenta a poesia como uma ferramenta de libertação e podemos acompanhar através da leitura ela expondo suas feridas, cicatrizes e tudo aquilo que a dilacerou ao longo da vida, assim como aquilo que a ajudou no seu processo de cura.
No correr dos séculos os animais evoluem para sobreviver ao meio ambiente, então o que vai acontecer quando as mulheres finalmente aprenderem também a revidar?
Já em A bruxa não vai para a fogueira neste livro, Amanda reúne toda sua fúria e de todas as mulheres que vieram antes dela e a utiliza como combustível para incendiar as páginas como suas palavras. Já de cara somos avisadas que o livro contém temas relacionados com abuso infantil, abuso cometido por parceiro, estupro, distúrbios alimentares, trauma, morte, transfobia, fogo, muito fogo e outros assuntos que podem despertar algum gatilho.
Ser uma mulher é estar pronta para a guerra, sabendo que todas probabilidades estão contra você. & nunca desistir apesar disso.
Dividido em quatro partes ("o julgamento", "a queima", "a tempestade de fogo" e "as cinzas"), diferente do primeiro livro vemos a poesia de Amanda não apenas como uma forma de se libertar, mas também como um instrumento de resistência, luta e punição. Este é livro fala sobre como as mulheres estão lutando através das gerações contra as estruturas criadas pelos homens para as aprisionar, diminuir e punir. E como a prova disso a autora já nos avisa sobre o conteúdo a ser trabalhado: "Nenhuma misericórdia à frente".
As mulheres aguentam não apenas porque somos capazes disso; não, as mulheres aguentam porque não temos nenhuma outra opção. Eles nos queriam fracas e nos obrigaram a ser fortes.
Durante a leitura me identifiquei com vários trechos e aposto que você mulher também vai se identificar, mas em outros momentos eu achei que as coisas saíram um pouco do controle, como um incêndio se espalhando por uma floresta. Pude sentir o ódio, raiva impregnados nas palavras e isso me assustou um pouco. Quando a leitura passou de "a queima" para "a tempestade" as coisas se tornaram bem mais intensas e me sentei desconfortável em várias partes, mas entendo perfeitamente a ideia a ser passada com todo esse extremismo.
Eu sei tudo sobre a mulher que tem gritado a vida inteira pela chance de ser ouvida por alguém. Pegue essa caneta de mim & liberte-a.
Durante a leitura tem a citação e dedicatória a alguns personagens e livros conhecidos como a Katniss Everdeen (Jogos Vorazes), as mulheres do O Conto da Aia e ao livro Garotas de Vidro, que inclusive já resenhamos aqui no blog.
Ao final da leitura não temos a dose de esperança que a autora nos proporcionou em A princesa salva a si mesma neste livro, mas ela já nos dá indícios do que está por vir no terceiro volume "The mermaid's voice returns in this one" com o poema:
hoje
você é
o fogo
& amanhã
você será
o mar
& eles não
terão escolha
a não ser ouvir seu
canto de seria.
Recomendo este livro para os fãs de poesia, para os fã da autora e para quem busca mais livros que dão voz as mulheres. Ah e não precisa ser lido na ordem, mas é legal ver a evolução dos temas e da autora ao longo dos livros.
Oi
ResponderExcluirEu amo livros com bruxas 😊 eu adorei a dica,não conhecia o trabalho da Amanda. Já quero ler...
Só ouço falar bem desse livro, não sei pq nunca comprei (falta de money talvez). Acho que representa a todas nós, mluheres, que sonham em ser ouvidas e sentem pelas que já passaram por esse mundo e sofreram tanto. Parece fazer pensar muito na historia da humanidade, né?
ResponderExcluirBjos amores
Maravilhosos :D
ResponderExcluirhttps://www.submersaempalavras.com/
Olá!
ResponderExcluirAdorei a resenha! Não conhecia este livro, amo poesias. Vou colocar na minha wish list.
Abraços
Usar a poesia como forma de libertação é uma ideia interessante. Irei pesquisar mais sobre isso. Gostei de conhecer.
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