Amo você, vontade própria.

Já usei todas as metáforas do mundo para escrever sobre você, a maioria delas não chegou nem a entender. Te encaixei em todos os contos de fadas, mas, todo dia você me provava que era humano demais para caber na qualificação de encantado. Todas as vezes que eu tentei desabafar, quando nada andava bem, encaixar sentimentos em palavras, era o meu refúgio. Conheci você num desse sem querer da vida, sem nada a perder e carregando uma vontade de ser feliz. Nem de longe, eu nas minhas noites de insônia poderia imaginar o efeito que causaria. Você carregava uma bagagem desconhecida e eu permiti que entrasse, desfizesse as malas. Entre avisos e alertas, a única certeza era que o mundo melhor estava bem à frente, era só continuar. Me convidou para seguir com você, Deixou a entender que seria a melhor companhia e o melhor atalho. Sem bússola ou GPS, só guiada por um coração medroso, encarei de frente. Muitas vezes era tudo ou nada, chegou a ser o fim do mundo alguns meses, senti como se só para mim, tudo tivesse parado. Você me relembrou que “Garotas grandes não choram” e era isso que eu tinha me tornado, uma garota grande. E sendo assim, deixou de ser engraçado só ver de longe o show da vida. Queria ser alguém naquele seu mundo. Desvendar os mistérios. Só depois eu percebi que é mais saudável não descobri todos os segredos. Mas, enfim, hoje eu faço parte da sua melhor parte. Estou envolvida direta ou indiretamente com você, subentendida na sua essência. Nossos perfumes se misturam, nossos sorrisos nos envolvem. Somos extensão um do outro. Presos, por vontade própria. Até o fim.

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