Um romance inspirador que leva
o leitor para um espaço mágico na fronteira entre a vida, a morte e a cura, e
mostra que até as almas mais perdidas podem achar um lugar para chamar de lar.
Bem-vindos à confeitaria
Hwawoldang, onde cada mordida satisfaz o corpo e a alma.
Quando Yeonhwa perde a avó, uma
mulher enigmática e distante, ela recebe como herança a confeitaria Hwawoldang,
que está na família há gerações. Já faz um tempo que a loja não anda bem das
pernas, e Yeonhwa pretende vendê-la o quanto antes, mas é surpreendida por um
pedido inusitado da avó: ela deve manter a confeitaria aberta por pelo menos um
mês, com funcionamento das 22h à meia-noite.
Sem escolha, Yeonhwa é obrigada a
pôr a mão na massa — literalmente. Enquanto aprende a fazer os tradicionais
doces asiáticos vendidos na Hwawoldang, ela também espera descobrir um pouco
mais a respeito da avó.
Em seu primeiro dia de trabalho,
porém, é surpreendida por um fornecedor de ingredientes que dá a entender que a
Hwawoldang não é uma confeitaria comum e que os clientes que a frequentam não
estão exatamente vivos…
A cada vez que alguém entra na
loja, Yeonhwa é transportada para dentro de suas lembranças, com a oportunidade
de ajudá-los a curar suas feridas… mas será que ela também vai conseguir
encontrar conforto para o seu próprio coração?
📖Skoob 👍Avaliação Final: ⭐⭐⭐⭐✩ 💳Onde Comprar: Amazon
A Misteriosa Confeitaria da
Meia-Noite é a primeira ficção de cura lançada pela editora Paralela e foi
um livro que me surpreendeu ao longo da leitura. Mesmo depois
de ler a sinopse e criar minhas próprias expectativas, fui tomada pela
delicadeza e, ao mesmo tempo, pela intensidade com que Lee Onhwa aborda os
temas centrais da obra. Minha experiência no gênero ainda é pequena para fazer
comparações mais abrangentes, mas em diversos momentos consegui traçar
paralelos com alguns k-dramas que já assisti, o que me ajudou a compreender
ainda melhor o contexto cultural em que a história se desenvolve.
A felicidade, mesmo sem riqueza, era uma benção do coração.
Neste livro, a confeitaria assume
quase o papel de protagonista. Cada receita criada ali funciona como um
elemento-chave tanto para o desenvolvimento da narrativa quanto para o processo
de “cura” que atravessa as personagens. A autora ilustra com muita sensibilidade
como a comida pode ser afeto, memória e cuidado. Quem já assistiu Bon
Appétit, Vossa Majestade provavelmente vai entender bem essa percepção do
papel emocional da culinária na história, e seu impacto transformador.
Não existe ninguém neste mundo sem uma história. Mas são poucos os que conseguem sorrir no final, apesar de tudo. E foi você quem tornou esse sorriso possível.
Reconheço que este talvez não
seja um livro que agrade a todos os perfis de leitores; ainda assim, mesmo que
não seja seu gênero preferido, acredito que valha a tentativa. A leitura nos
conduz a reflexões profundas sobre a vida e sua finitude, sobre as relações que
nutrimos ou negligenciamos, sobre as ausências silenciosas que se acumulam
no cotidiano e sobre as oportunidades que deixamos escapar por medo de
expressar o que realmente sentimos.
Às vezes, a espera é a forma mais completa de amar.
Lee Onhwa constrói uma obra
repleta de camadas, entrelaçando histórias capazes de transmitir, com
honestidade e delicadeza, os sentimentos mais íntimos de seus personagens. Prepare-se:
há grandes chances de você se emocionar ou se sentir profundamente tocada pelas reviravoltas que aguardam pelo caminho.

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