Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis



Em nova edição, esta coletânea resgata ― e celebra ― a memória de quinze mulheres negras que marcaram nossa história, em formato de cordel.
Talvez você já tenha ouvido falar de Dandara e Carolina Maria de Jesus. Mas e Eva Maria do Bonsucesso? Luisa Mahin? Na Agontimé? Tia Ciata? Essas (e tantas outras) mulheres negras foram verdadeiras heroínas brasileiras, mas pouco se fala delas, seja na escola ou nos meios de comunicação. Diante desse apagamento, há anos a escritora Jarid Arraes tem se dedicado a recuperar ― e recontar ― suas histórias.

 O resultado é uma coleção de cordéis que resgata a memória dessas personagens, que lutaram pela sua liberdade e seus direitos, reivindicaram seu espaço na política e nas artes, levantaram sua voz contra a injustiça e a opressão. A multiplicidade de histórias revela as mais diversas estratégias de sobrevivência e resistência, seja na linha de frente ― como Tereza de Benguela, que liderou o quilombo de Quariterê ― ou pelas brechas ― como a quituteira Luisa Mahin, que transmitia bilhetes secretos durante a Revolta dos Malês. Este livro reúne quinze dessas histórias impressionantes, ilustradas por Gabriela Pires. Agora, cabe a você conhecê-las, espalhá-las, celebrá-las. Para que as próximas gerações possam crescer com seu próprio panteão de heroínas negras brasileiras.

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Sabe aquele livro que você nem sabia que precisava até ter a oportunidade de lê-lo? Então, Heroínas negras brasileiras: em 15 cordéis é esse livro. Antes da leitura deste livro eu conhecia de maneira bem superficial apenas a história da Carolina Maria de Jesus. 1 nome entre 15 é muito pouco, ainda que seja melhor que nenhum.  Detalhes como esse reforçam a importância de iniciativas como essa da Jarid Arraes, onde através de sua escrita resgata e homenageia a história de mulheres negras que fizeram a diferença no Brasil, e ainda que seus nomes não sejam conhecidos pela maioria, suas conquistas são visíveis em nossa sociedade atual, ao mesmo tento que honra a tradição da literatura de cordel e da xilogravura. 

Que você também espalhe Isso que acabou de ler Para que muitas pessoas Tenham a chance de saber Quem foi essa Antonieta Como foi o seu viver.

 A cada cordel a autora nos convida a conhecer o legado de cada uma dessas heroínas que nos passam despercebidas, mas que são um exemplo de força, amor, resiliência e inspiração. A leitura possuí um ritmo rápido, porém, é algo para se ler aos poucos, absorvendo cada detalhe e refletido tudo aquilo que se lê.

Durante a leitura podemos sentir a musicalidade presente em cada verso, é como se cada história ali narrada ganhasse vida diante de nosso olhos. Porém, ainda que escrita de Jarid seja ágil e cativante, não foi necessariamente fácil de inicio. Demorei um pouco para me acostumar com a estrutura da literatura de cordel, uma vez que esse foi meu  primeiro contato com o gênero, porém, não demorou muito para pegar o ritmo.  

Esse é o nosso papel Considero obrigação Para acabar o preconceito Pra espalhar informação Destruindo esse racismo E gerando inspiração.

Outro detalhe que parece bobo, mas que acredito que faz toda a diferença é o formato. Li  Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis em e-book e senti um pouco de dificuldade, para mim este é o tipo de história que temos que ter a experiência de ter o livro em mãos, apreciar os detalhes de cada gravura presente, como os versos conversam entre si em uma rima divertida. Cada detalhe importa e juntos fazem nossa  leitura uma experiência única. Sem dúvida a versão física entrou para minha lista de desejados!



Ao  final de cada um dos cordéis, temos uma breve biografia em prosa, sobre cada heroína negra. Esse detalhe singelo instiga ainda mais nossa curiosidade sobre o assunto. Ao final da leitura terminamos querendo saber mais sobre a vida dessas mulheres incríveis e nos questionando quantos nomes mais ainda precisamos conhecer.

Eu e todas as mulheres Neste verso agradecemos E esperamos que em frente Sempre juntas caminhemos E lembrando Antonieta Certo que nós venceremos. 

Espero que essa breve resenha tenha despertado a sua curiosidade de conhecer a história de Antonieta de Barros, Aqualtune, Carolina Maria de Jesus,  Dandara, Esperança Garcia, Eva Maria do Bonsucesso, Laudelina de Campos,  Luisa Mahin,  Maria Felipa,  Maria Firmina, Mariana Crioula, Na Agontimé, Tereza de Benguela, Tia Ciata e Zacimba Gaba. 




4 Comentários

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  1. Eu tenho um livro da Carolina Maria de Jesus. É um livro marcante.

    Bom fim de semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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  2. Das heroínas citadas eu conheço Dandara, Luísa Mahin e Tereza de Benguela. Eu ainda não conhecia o livro mas já me apaixonei só pelo título!
    Eu também não tenho o hábio de ler cordel, mas com certeza leria esse tranquilamente :)

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  3. Sempre tive muito contato com a literatura de cordel nos meus tempos de escola aqui em Pernambuco, mas faz tempo que não leio! Amei a temática trazendo essas grandes heroínas, vou salvar aqui esta dica para ler no futuro <3

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  4. o legado das mulheres nesse mundo é algo muito importante para todas as mulheres, pois são exemplos a serem seguidos e evoluídos.

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@profanofeminino