Monstros internos




Talvez seja isso, eu não aceite.
Por mais que eu diga que entendi, por mais que eu diga que não há dúvidas.
Talvez seja isso, eu não entendo.
Mergulho profundo todos os dias dentro de mim, para saber se ainda há um restinho de algo que faça mal, e minto para ver se assim eu compreendo que o pior já passou. Parece que não. Aí volta tudo a ficar bem de novo.
O problema é esse? Eu não senti na hora certa? Eu fechei os olhos quando o mais certo era surtar?
Não vou julgar, era o que eu queria ter de volta. Um conforto sem sentido.
Eu sei que sentir é necessário, mas porque por debaixo dos panos e querer tirar todo o tempo?
Eu me esqueci de dizer que eu não me entendo mais. Não reconheço.
Não há motivos, sentidos, mas eu continuo batendo na mesma tecla.
Procurando respostas em conselhos alheios, explicação em textos perdidos.
Estou digitando e querendo apagar, só para que você não chegue nem a ler. Parece um desabafo. Você não precisa participar disso. 
É isso que estraga a vida, passado e futuro.
É que às vezes é difícil lembrar todos os momentos bons quando eu preciso deles. Eles são ricos de sentimentos, só que minha razão dúvida um pouco deles, meu coração os ama.
Já deu para perceber que é mais uma crise, e como todas as outras crises, amanhã quando eu acordar, vai ser como se nada tivesse acontecido.
A dor acha injusto ser apagada com uma noite de sono. Mas eu não preciso dela. Então eu vou dormir logo, para que o amanhã não demore. 

3 Comentários

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  1. Um ótimo texto, reflete bem o que cada um sente, nas fases de dificuldade que a vida nos impõe.
    Nem sempre serão sorrisos, nem sempre tristezas, mas um aprendizado, nesse curto espaço de tempo que Deus nos permite chamar de vida!!!

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  2. Adorei seus textos, Karol!
    Muuito sucesso pra você.

    Beijinhos da Karen! ♥
    http://normalidadeincomum.com.br/

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