A gente tinha planos pro futuro. Tinhamos poses de fotos imagináveis, viagens planejadas, sonhos a serem realizados. Assistimos a tantos filmes juntos e ficávamos imaginando como seria quando a gente morasse junto. Quando você me acordava, eu me sentia a mulher mais linda do mundo, mesmo com a cara inchada e com os cabelos bagunçados, quase não me importava com suas brincadeiras bestas, as vezes até devolvia com outra brincadeira besta. Fazíamos um casal bonito, já que você era proporcional ao meu tamanho e eu me encaixava direitinho nos seus braços. Nenhum dia se passava, em que eu não pensasse em você quando acordasse ou quando estivesse parada sem fazer nada, já que nos dias de chuva, eu ficava implorando a sua presença do meu lado, pra me ajudar a passar o frio. Lembro do dia em que você chegou aqui de baixo de uma chuva daquelas com clima de fim do mundo e eu perguntei: "Mas porque veio de baixo dessa chuva toda? Tá louco?" E você me respondeu: " Ví sua mensagem dizendo que tava com saudades e não aguentei." Você me fazia rir só de olhar pra mim com "aquela cara" e eu fazia você rir quando estava cheia de vergonha de alguma coisa, já que o sem vergonha da história toda sempre foi você, as vezes eu também, ok. De quando a gente ficava acordado de madrugada e eu perguntava se você estava com sono porque eu via que estava e você, só pra não me deixar sozinha, dizia que não e continuava comigo até eu decidir que iria dormir. De quando você parava e me pegava no colo, de quando você escrevia besteiras pra mim em qualquer pedaço de papel... De quando dançava comigo qualquer musica no meio da sala, de quando queria filmar nossas besteiras e tirar foto de tudo (mesmo eu não gostando disso). De quando sentia que o clima iria esquentar e tentava jogar charme, mas eu sempre fui muito consciênte e não me deixava levar. Estávamos vivendo uma vida em que eu era a sua vida, você era a minha e pelo menos era assim que eu considerava. Você começou a vacilar e a querer agir com raiva, impulso, vontade de ser melhor do que eu e mostrar que podia fazer muito mais por si do que por nós. Eu ainda assim, tentava cobrir tudo isso com o amor que sentia, já que não queria acabar com algo que eu tinha construído com você. No fim das contas, você pisou na bola feio comigo, foi procurar na rua o que certamente não achava em casa e com isso, achou que eu nunca iria descobrir. Algum tempo depois, mesmo que no dia dos namorados eu tenha feito a maior surpresa e te prometido amor por toda vida, eu fiquei sabendo da verdade. Verdade dói e essa doeu demais. Você me substituiu e trocou todos esses nossos lindos momentos por um caso, de uma noite, uma vez, tanto faz. Jogou tudo fora sem dó. Depois, não satisfeito, me veio arrependido. Juro que minha vontade era de perdoar e voltar atrás com tudo, passar por cima do orgulho e da razão, dar uma segunda chance e ouvir aos muitos que dizem que isso acontece. MAS, não consigo fazer isso, você sempre soube o meu jeito e me conhecia quando fez o que fez e sabia o final que isso iria ter. Vou tentar ser feliz de novo, vou tentar não lembrar do final da história e só vou guardar as coisas boas, já que você me obrigou a corrigir a parte da história em que eu disse que seria pra sempre.
Um Verão Italiano
Quando Carol morre, Katy fica devastada. Ela perde não apenas sua mãe, mas sua melhor amiga e referência, aquela que sempre tinha todas as respostas. Para piorar, faltam poucos dias para a viagem que mãe e filha haviam planejado para Positano, na Itália, a cidade mágica onde Carol passou o verão pouco antes de conhecer o pai de Katy. Agora, a filha se prepara para viajar sozinha. No entanto, pouco depois de pisar na Costa Amalfitana, Katy a vê: Carol em carne e osso, aos trinta anos, saudável, bronzeada e feliz. Katy não entende o que está acontecendo nem como isso é possível — tudo o que importa é que, de algum jeito, sua mãe está de volta. Assim, ao longo de um verão italiano, Katy passa a conhecê-la não como sua mãe, mas como a jovem que ela um dia foi. Entretanto, Carol não é exatamente quem a filha imaginava, e, em meio ao luto e à alegria inesperada de tê-la de volta, Katy precisa conciliar a imagem da mãe, que para tudo tinha uma solução, com a da mulher que não tem ideia do que
Nossa! que triste larga um amor verdadeiro por um casinho é de corta o coração realmente.
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