Depois daquele verão

Já nem sei mais como é não sentir nada, as coisas passam em uma velocidade que já não mais compreendo. Tudo se tornou banal. Estou na busca por sentimentos, por novos ares, novos rosto e situações.

Cansei de procurar pelo amor ele simplesmente insiste em fugir de mim, mas por outro lado pelo caminho me deparei com a amizade, não tem coisa mais simpática e reconfortante até se ofereceu para me acompanhar na minha jornada. Eu e a amizade nos tornamos grandes companheiras na busca pelo amor, fui apresentada a felicidade coisa rápida, passageira, mas inesquecível. A alegria sempre nos rodeava com todo o seu entusiasmo não sei de onde ela surgiu, mas eu adorava todo aquele clima, mas foi ai que surgiu a inveja que criaturinha mais desagradável e aos poucos a alegria foi se afastando e a raiva tomando conta do lugar.

Eu que já havia me esquecido o que era sentir algo, ficou com um sentimento muito ruim que a raiva me despertava. Ainda bem que a amizade me afastou da inveja e logo a raiva foi embora, achei que estava tudo acabado como no nosso caminho apareceu a tristeza com seus olhos melancólicos. Quis saber o motivo para tamanho abatimento e ela logo me disse que estava sofrendo com a ausência da alegria, pois a mesma havia desaparecido.

Confesso que não queria a tristeza do meu lado e logo tratei de dispensá-la. Dias se passaram e nada de novo. Estava quase desistindo quando esbarrei na fé e na esperança caminhando de mãos dadas tivemos uma conversa breve porem foi o suficiente para recuperar o meu animo e continuar. Eu e amizade, mais unidas e motivadas do que nunca procuramos e procuramos em todos os lugares e quando a noite caia e o cansaço nos fez companhia. Mal eu sabia que de manha tudo se encaixaria por um mero acaso me deparai com uma figura radiante e singular quis saber quem era ela e assim nasceu a curiosidade. Aproximei-me junto com o nervosismo e o medo, perguntei seu nome e ela logo respondeu:

- Prazer! Eu sou a paixão.

Neste momento sabia que havia acabado minha busca, ao meu lado a amizade como sempre me apoiando, o medo e o nervosismo, a alegria, o tal de ciúme que até então desconhecia, entre outros mais foram se aglomerando. Quando me rendi à paixão vi surgindo aos poucos as batidas do meu coração, era como se eu tivesse ganhado vida e os sentimentos começaram a pulsar em mim. Agora eu já me sentia capaz de enxergar o amor agora cadê vez mais perto de mim.

por: Ane