Ainda há tempo...


A vida é composta de fases, a das mulheres então é até meio difícil definir. A minha era mais ou menos assim: Sucesso e fama e tudo mais que puder vim...

Em um fim de tarde qualquer a neve caia e eu estava só em casa, sem energia, ou seja, isolada do mundo. Senti um tédio horrendo e a necessidade de achar algo para fazer urgentemente, nessa minha busca encontrei uma caixa velha não resisti e abri. Lá dentre havia vários álbuns de fotos minhas. Peguei todos e me sentei à beira de lareira e comecei a folhear.

Ai como eu uma criança linda, dava vontade de morder e aperta. Engraçado como só havia ali fotos minhas com a mamãe. Minha mente me transportou para outro lugar e comecei a recordar cada atitude minha com minha querida mãe.

Até meus 6 anos minha mãe era minha heroína, a melhor amiga, sabe tudo sobre meu universo. Com 9 as coisas começaram a mudar, eu contava algumas coisas , mas comecei a omitir alguns dados, achava que era assunto só para minha amigas. Aos 12 eu contava coisas referentes à escola, fatos que aconteciam com os outros, como as mães das minhas amigas era super legais. Quando eu tinha 15 anos minha mãe não sabia nada de mim era uma completa estranha, não entendia que eu não era mais aquela menina de 5 anos. Aos 18 minha mãe não existia, eu era dona do meu nariz não precisava de alguém palpitando na minha vida. Com 24 eu a visitava nos natais e ligava em seu aniversario, ah! Como era boa essa fase, estava curtindo a vida ao máximo. Com 30 queria voltar a ser criança e ir correndo para seus braços toda a vez que algo dava errado. Com 35 ligo para saber a opinião dela pra “quase” tudo referente aos meus assuntos domésticos.

Agora aqui sentada no meio da sala com centenas de fotos de cada fase minha vejo como fui tola de não aproveitar cada momento, cada conselho ao lado dela, aquela adorável pessoa que se sacrificou por mim. Hoje eu daria tudo para poder mais uma vez poder ouvir sua bronca, sentir aquele abraço apertado e o beijo na testa acompanhado de um bom dia ou uma boa noite.

Ah! Como me faz falta minha querida mãe... Como lamento não poder dizer a ela tudo que sinto hoje e como descobri que tudo que ela disse estava certo.

Um barulho me tirou da minha pequena viagem nostálgica, demorou alguns minutos para me dar conta que era o telefone tocando, corro para atender e para minha surpresa era minha mãe.

- Oh minha filha que saudade eu estou de você já faz meses que não liga para mim e seu pai, hoje vendo algumas fotos vi como o tempo passou mais você continua a mesma menina teimosa, sempre deixando sua família em ultimo plano.

- A mãe me desculpe toda essa minha ausência, o trabalho me consome muito, mas prometo que a partir de hoje eu ligarei sempre que puder e quando eu não puder darei um jeito. Prometo que irei para o natal, ainda não é tarde para recuperar o tempo perdido.

- Minha filha nunca é tarde para nada, desde que haja vontade de fazer algo diferente.

A ligação caiu, assim como as lágrimas dos meus olhos. Neste momento eu fiz minhas malas e percebi que de nada vale o sucesso, se você não tem alguém que realmente te ame para compartilhar.

Eu  lhe pergunto pelo que você dá Graças? Tenha um ótimo domingo!


- Ane Venâncio

4 Comentários

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  1. Oooi. O resultado do Premiações Every 4 Girls 2010 já saiu. Você foi vencedora de uma categoria, passa lá, vê qual e pega o award.

    Beeijos
    www.blog-every4girls.blogspot.com

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  2. Olá, adorei o texto, ótimo para refletir!!
    Tô seguindo seu blog, se der aparece no meu, por lá tá rolando o SORTEIO de uma Alexa Bag Inspired, participe!!
    Bjo

    www.coisasdemulher.net

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    www.achochicc.blogspot.com

    beijinhos!!!!

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  4. Oiie Ameii o post!
    Blog Perfeiito!

    Visiita o meu ?
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