Depois daquele verão

Não vou dizer que sempre esperei o “príncipe encantado”, mas sempre esperei alguém.
Quando eu era novinha, ficava vendo em malhação aqueles casais.  Queria aquele cara que me fizesse sorrir e que entre o riso me beijasse. Que aparecesse na minha casa do nada, mesmo eu tendo dito a ele para sumir do mapa. Eu queria ter alguém, queria aquele alguém que fosse por mim, que estivesse ali para me segurar quando eu tropeçasse. Toda pessoa que se apresentava para o papel principal, lá estava eu planejando o para sempre, até que teve uma vez que eu queria que só durassem 30 minutos e acabou sendo o mais perto do sempre que consegui/estou conseguindo.

Seriam os melhores 30 minutos do mundo e o bastante para eu querer me alimentar da gente todos os dias. Era normal, não me contento com pouco. Não queria só um sorriso seu pela manhã ou um boa noite, queria que você me ligasse e me contasse como foi o dia, que eu fosse aquela pessoa que você falasse sobre tudo.

Não apostei na gente, ninguém apostou. Foi por isso que ganhamos o jogo. 

Você sabe, sou bipolar, entro em crise de vez em quando, sou daquelas que desconto no mundo o que não deu certo e mesmo assim você quis ficar, mesmo assim você disse: “eu também não me vejo sem você mais não” E quem era eu para impedir que você ficasse?
Estava só esperando você chegar. Com todas as qualidades que sempre admirei em alguém e com todas aquelas que aprendi a amar.

E você chegou, mas quer saber a verdade? Para mim você só chegou esse ano. Não porque eu sou bipolar, mas porque foi quando meu coração me permitiu te amar, quando ele disse que eu poderia fechar os olhos e descansar naqueles braços, era seguro amar você. Foi quando coloquei na minha cabeça que eu também queria ser um território seguro para te oferecer e batalho para isso. Quando eu percebi que já era para sempre a cada dia.