Dica de moda: Body ou Bodies?

Entre o ‘e se’ há o espaço de uma vida.Pode parecer masoquismo, mas gosto de pensar como tudo teria sido ‘se’ outro caminho tivesse sido escolhido.Chego ao absurdo de achar que está tudo errado.Mas sei que de, qualquer forma, eu não estaria satisfeita; sabe, acho que sou um buraco negro que suga tudo, e que precisa de mais, de muito mais do que a vida pode dar.

Sou saudade que esqueceu de ser, que viveu de promessas e concordou ; sempre concordou.E depois que eu descobrí a mentira sórdida que rege o mundo as coisas mudaram um pouco.Quer saber a mentira sórdida? É justamente que tudo é uma mentira, projeção defeituosa do que deveria ser.Sei que é feio, é uma verdade feia ; mas verdades, na sua maioria, são estragadas, tortas.

Sei que deveria me conformar com meu desalinho, ser uma pessoa melhor e controlar meus impulsos nada cristãos, mas é que às vezes fica tão difícil ser politicamente correto; ser tudo aquilo que os outros sonharam e nada do que você quer, nada dos seus próprios sonhos.É ,se as vontades não são minhas eu não deveria as estar vivendo, mas porque, então, isso acontece?

Meu tudo sempre foi pouco aos olhos dos outros.É verdade, que eu nunca tive muito, mas o que eu tinha, para mim, era o mais próximo de pleno em mim mesma.

Nunca foi só uma música,livros,filmes ou escrever.Sempre foi a totalidade disso, a importância e lembrança que não passa e que me pertence, que aos poucos ou aos trancos foi agregando –se à mim, misturando-se com o que eu sou.

Não era só mais um cara e um violão, era um candidato a participar do meu diário.