Tinha um cara, com uma história legal e eu pensei “não é que a gente
combina?”. Foi só uma conversa num banco de praça, a música certa e eu quase
esqueci de todo o resto até que ele pergunta “já namorou?”. E eu me coloco a contar
aquela história, como já fiz tantas vezes. Falo do namoro à distância, ouço
“isso não funciona”, falo do sufocamento, ouço “isso é péssimo”, falo que tudo
começou aos quinze anos, ouço “jovens demais pra dar certo”. As respostas são
um consenso de toda a sociedade, mas não eram aplicáveis a nós.
Algumas coisas simplesmente foram feitas pra dar certo. Era o nosso caso.
Você me ouvia, me entendia, não me subestimava, éramos irmãos, namorados,
amigos e amantes. Eu só tive medo da felicidade que veio cedo demais, quando eu
ainda não tinha estrutura pra entender. Esse cara do banco da praça é uma
porção de coisas legais, mas ele não entende e nem é culpa dele: ninguém
entende.
Vejo suas fotos, seus planos e – surpresa – não somos mais amigos.
Natural, afinal de contas, não faço mais parte da sua vida real, uma hora você
seria coerente e aplicaria isso ao mundo virtual. Você sorriria ao notar que,
no fim, eu me tornei bem mais masoquista e saudosista que você. É pena que não
seja mais confortável te ligar apenas para sorrirmos juntos de toda essa
loucura.
Eu estou em um carro diferente agora, com um cara diferente e são outras
ruas e conversas que me rodeiam. Seguir em frente me causa refluxo. O nó na
garganta querendo abrir espaço, mas eu engulo o choro e as memórias são
afogadas pelas lágrimas que não deixo sair. Ele me pergunta se estou bem,
respondo que sim. Não importa que minha mente esteja com você, estou em outro
lugar agora. Tenho que lidar com a minha decisão. E não significa que eu me
arrependa de ter mudado, é só que, algumas vezes, pode ser difícil ignorar tudo
o que já foi.
Alexya Cristal
Quando penso em você
fecho os olhos de saudade.
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade.
Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego já me dá contentamento.
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade.
Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego já me dá contentamento.
(...)
Eu ainda sou bem moço
pra tanta tristeza
E deixemos de coisa cuidemos da vida,
Pois senão chega a
morte ou coisa parecida,
E nos arrasta, moço,
sem ter visto a vida.
- Fagner
Poxa, e não é que é que se parece comigo.
ResponderExcluirMas as vida segue...
Tão lindo o texto! gostei do trecho: "Algumas coisas simplesmente foram feitas pra dar certo. Era o nosso caso. Você me ouvia, me entendia, não me subestimava" e "Eu só tive medo da felicidade que veio cedo demais, quando eu ainda não tinha estrutura pra entender."
ResponderExcluirTRASH ROCK
Puxa que texto lindo!
ResponderExcluirAdorei, principalmente a letra do Fagner no final. Acho lindas as músicas dele :3
Só de pensar que daqui 6 meses terei que namorar a distância já me dá um aperto no coração...
xoxo
putmerd.blogspot.com
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ResponderExcluirAdorei o texto também! Já tive um relacionamento a distância e sei que foi o momento mais gostoso da minha vida(falando em sentimental), a gente finda valorizando muito a outra pessoa, cada minuto junto era como se fosse o ultimo, isso era bom dí mais!
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