O teste do casamento


Continuação de Os números do amor, O teste do casamento é uma história apaixonante sobre um romance que cruza fronteiras entre os países e os limites do coração.

Khai Diep não tem sentimentos. Bom, ele fica irritado quando mexem nas suas coisas e satisfeito quando os centavos são incluídos nos livros contábeis, mas não consegue vivenciar nenhum sentimento profundo, como luto ou amor. Ele acha que tem algum problema, mas sua família sabe que, por ser autista, ele processa as coisas de um jeito diferente e tem dificuldade com as emoções. Como Khai se recusa a arrumar uma namorada, sua mãe resolve viajar ao Vietnã para encontrar a noiva perfeita para ele. Sendo birracial em Hồ Chí Minh, Esme Tran sempre se sentiu deslocada. Quando surge a oportunidade de ir para os EUA e conhecer um possível marido, ela sabe que não pode recusar, pois é a chance de mudar a realidade de sua família. Mas seduzir Khai não sai como o planejado. E assim ela se apaixona por um homem que está convencido de que não pode retribuir seu afeto.

O tempo de Esme nos EUA está se esgotando. Será que Khai vai admitir que estava errado, e que pode haver mais de uma maneira de amar, antes que seja tarde demais?   

- CONTEÚDO ADULTO.


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Eu não sabia muito bem o que esperar deste livro quando comecei a lê-lo, a não ser é claro que ele era uma continuação de certa forma de Os números do amore apesar de ter gostado muito da leitura, não amei a história. Porém, tudo aquilo que eu havia sentido falta nele encontrei em O teste do casamento


E, se não conseguia sentir o peso do luto, o inverso também valia. ele era incapaz de amar. 


A história de Khai e Esme começa de uma forma que está longe de ser a ideal, mas conforme vamos entendendo mais sobre a cultura vietnamita e o passado de cada um, entendemos que para as coisas acontecem era necessário um empurrãozinho, ainda que que de uma maneira um tanto inusitada. 


Khai assim como a Stella de Os números do amor está dentro do  Transtorno do Espectro do Autismo, porém diferente da protagonista do livro anterior, nem tem zero interesse em se relacionar com o sexo oposto. Depois de uma tragédia que abalou sua família e sua dificuldade com lidar com as próprias emoções ele se julga alguém incapaz de amar. 


Era tão pobre que não tinha conseguido nem terminar o colégio, tão diferente que até os pobres a olhavam de cima, e sua posição era tão baixa que seria impossível ascender e se libertar, pelo menos no Vietnam. Depois de tudo o que ele tinha feito, ela pensou que Khai enxergava além das coisas que eram impossíveis de mudar e valorizava quem esme era por dentro. Mas não enxergava. e, segundo suas próprias palavras, jamais enxergaria.


Do outro lado da história temos Esme, uma jovem vietnamita birracial que engravidou ainda na adolescência, mas que vivencia a maternidade de forma solo contando apenas com a ajuda da mãe e da avó. Mesmo com todo o esforço o seu esforço Esme sabe que sair da pobreza e dar uma filha melhor para sua família é uma missão quase impossível. Então quando surge uma proposta um tanto inusitada dela vivenciar o sonho americano ela não pensa duas vezes, mesmo que isso aconteça através de um casamento arranjado.


É interessante ver como a autora através da relação de Khai e Esme traz para nós leitores um contraste da realidade de que nasceu nos EUA e de quem nasceu e vive no Vietnã, principalmente se a gente se aprofundar um pouco mais no contexto histórico envolvendo os dois países.  Além das diferenças culturais, econômicas, também temos os  atritos entre os dois causado por Esme não saber/entender que Khai é autista. 


Podia não ser rica, elegante, nem inteligente, mas não admitia ser usada e jogada fora. ela tinha seu valor. ele podia não estar estampado nas roupas que usava, nem nas abreviaturas depois de seu nome, nem em sua forma de falar, mas ela sentia que tinha valor, mesmo que não entendesse direito de onde vinha.


Ao longo da história ao meu ver temos o desenvolvimento de três narrativas, a de Khai tentando entender seus próprios sentimentos, a de  Esme e a busca por uma vida melhor para si e para sua família e  por último o relacionamento dos dois como um casal. Para mim este livro, não é sobre se o casal vai ou não ficar junto, mas sim sobre a jornada que ambos irão percorrer para se tornarem a melhor versão de si mesmos e assim quem sabe finalmente encontrem a felicidade. 


Assim como acontece em Os números do amor, Helen Hoang aborda temas importantes de maneira leve com a dose certa de humor, assim como também traz  mulheres fortes e independentes que são uma verdadeira inspiração, em especial Esme que rouba a cena e se torna a grande protagonista da história.  


Sua história não a definia. suas origens não a definiam. Ou pelo menos não deveriam. Esme podia ser mais, se tivesse uma chance.



O teste do casamento é aquele livro que nos deixa de coração quentinho! Helen Hoang entregou uma ótima história, personagens cativantes e a nota da autora no final do livro é um bônus que deixa tudo ainda mais interessante e faz com que a gente ame ainda mais esta história! 




1 Comentários

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  1. Parece ser uma estória apaixonante. Quero muito ler!

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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