O amor que criamos

É assustador amar esse nosso amor. É masoquismo. Doentio.
Dor que doí sem saber porque.

“Com você, perdi o juízo. Sem você, perdi todo o resto”.


Mas tento esquecer essa maldita dor com aquela sensação boa que foi quando você falou meu nome e como a mão ficou alisando minhas costas. 
Tento apagar com aquele dia em que eu estava emburrada no seu carro e você afagou os meus cabelos com a mão e me olhou com aquela cara de que vai ficar tudo bem.
Aquele beijo na mão que você me deu do nada enquanto dirigia.
Tento fingir que ela (a dor), não existe com a lembrança de todas as noites em que seu braço foi meu melhor travesseiro e que você acordava no meio da noite me enchendo de beijos e pela manhã me chamando de preguiçosa.
A dor vai embora quando te pego imaginando um futuro ao meu lado. Ela quase sumiu de vez quando você me perguntou: “Quer morar comigo?”
Mas sabe, ela é insistente, sempre volta. Esta sempre arrumando um jeito de ser presente.
É uma luta interna travada todo santo dia, sem vitória prevista. Somos nós. O que tornamos. O amor que criamos. 


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