Logo eu que construía amor sem pensar no alicerce


Já passei por mares sem saber se tinha peixes ou tubarões. Andei no escuro. Segurei na mão de alguém e deixei ele me guiar quando eu estava de olho fechados. Falei eu confio, e confiei de verdade. Quem no mundo de hoje faz isso? Atravessei labirintos e me perdi. Fiquei entre dois caminhos, vai se saber o que tinha no outro lado. Sempre fui sincera demais, isso acabou me fazendo dizer adeus para muitas coisas. Amei, do jeito que ninguém se quer pensou em me amar, vivi com isso. Nunca olhei para trás, não precisei de erros passados para me fazer travar ao fazer de novo. Eu queria não ter medo, então eu enfrentava todo dia algo que me desse frio na barriga. E foi num desses dias, tentando passar por cima de cada coisa que fazia meu corpo tremer, que eu encontrei você. Nem o escuro, tubarões ou o labirinto me deu tanto medo, quanto você me deu. Eu sempre fui bem eu sabe? Andava por ai com os cabelos ao vento, as bochechas vermelhas e um sorriso sincero. Ai você apareceu, e eu que nunca tive medo de me perder, tive medo de ficar sem você. Logo eu que sempre fui um passarinho, queria que a minha casa virasse uma gaiola. Logo eu que sempre amei sem esperar nada em troca, ouvia um eu te amo toda noite. Era de se assustar como eu acabava conhecendo outra eu, que não tinha ideia que existia. Eu que tinha todas as respostas, fiquei calada com uma pergunta sua. Logo eu que sempre quis voar, desejava agora construir um lugarzinho para fazer valer o para sempre, logo eu que amei, mas nunca fui de ninguém, queria ser sua todos os dias.

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